sábado, 21 de maio de 2011

FÉ- A visão da alma


Aos amados leitores, em especial aos alunos da EETAD da IEADC - BV.
Transcrevo a seguir alguns pontos sobre os diferentes tipos de fé, extraídos do livro "CRENTES QUE PRECISAM DE SALVAÇÃO" de autoria do Pastor Paris Reidhead.

FÉ INTELECTUAL - uma atitude de aceitação intelectual da Palavra de Deus, um mero concentimento mental, evasivo, frio e formal. É a casa  construída sobre a areia. O mero fato de alguém acreditar que o que está escrito na Palavra de Deus é verdade não significa que a Palavra foi aplicada nele. Ela, em si é verdade, mas será que já se tornou verdade em nós? Precisamos fazer distinção entre entender a Palavra mentalmente, e recebê-la no coração.

FÉ MORTA - é baseada apenas em "confissões" e "profissões" religiosas. É a crença em um conjunto de regras, rituais e tabus. São pessoas que se abstém disso ou daquilo, observam essa ou aquela prática. Foram batizadas ou doutrinadas. Mas ainda não sabem que a salvação não é um conjunto de doutrinas ou rituais, mas sim em ter a vida de Cristo em si mesmo. "Aquele que tem o Filho tem a vida" E tais indivíduos tem tudo , menos Cristo.

FÉ DOS DEMONÔNIOS - é uma reação emocional aos horrores do inferno e as belezas do céu. É a fé expressa pelos demônios que clamavam: "Vieste atormentar-nos antes do tempo?" Eles sabiam que Jesus Cristo era Deus e que irá julgá-los um dia. Mas continuaram sendo demônios. Tiago disse que "os demônios  creem e tremem", mas continuam rebeldes e impenitentes; apesar de crerem ainda são demônios. Reagem emocionalmente assim: - "não quero ir para aquele lugar horrível. O que eu ouvi falar a respeito do céu me agrada mais e quero ir para lá. Então eu vou crer em qualquer coisa que estabelecerem como requisito para me livrar do inferno e ganhar os céus.

FÉ DO CORAÇÃO - em Rm. 10. 8, 9  encontramos uma declaração clara e distinta do tipo de fé que nos salva unindo-nos a Jesus Cristo: "Porém que se diz? A Palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a Palavra da fé que pregamos. Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." É possível uma pessoa aceitar esses fatos apenas no intelecto, isto é, acatar as doutrinas e submeter-se aos rituais, mas não possuir a fé que salva. Pois esta fé precisa ser vitalizada, para então se tornar a fé salvadora. É preciso crer, não apenas com um aceno de cabeça como que concordando com o que se diz, mas sim com o coração, ou seja, vivendo e agindo de acordo com os fatos anunciados. É preciso o homem se conscientizar de sua condição de pecador, experimentar a convição de seus pecados e em seguida arrepender-se desejando "nascer" na família de Deus. (REIDHEAD, 1989)
                                                 
"E vos renoveis no espírito do vosso entendimento"
(PAULO, o apóstolo)


charis kai eirene
Cleverson MS

Um comentário:

  1. Ótimo artigo.
    É como diz C.S. Lewis, que, os cristãos estão em uma situação diferente da de outros homens que também se esforçam para serem bons. Estes esperam agradar a Deus pelo seu bom comportamento; e, se pensam que Ele não existe, esperam pelo menos merecer a aprovação dos homens bons. Já o cristão reconhece que todo o bem que faz procede da vida de Cristo que traz dentro de si. Sabe que Deus não nos ama por sermos bons, mas que nos fará bons porque nos ama. É como o telhado de uma estufa, que não atrai o sol por ser brilhante, mas se torna brilhante porque o sol se reflete nele."
    Penso que a primeira coisa que a fé nos faz é estilhaçar toda nossa memória de que podemos, por nós mesmos, deixar Deus em dívida conosco, ou até mesmo fazê-Lo pensar que merecemos algum lugar de destaque. Podemos formular assim um conceito mais racional do que significa ser fé: o de que Cristo nos oferece algo em troca de nada; ou ainda melhor, de que Cristo nos ofereça tudo, em troca de absolutamente nada.
    Mas devemos perceber que Deus está dentro de nós, como também está fora; e mesmo que conseguíssemos entender quem faz o que, não me parece que a linguagem humana fosse capaz de expressá-lo. Para o cristão, Deus não é uma coisa,mas uma atividade dinâmica e palpitante, uma vida, quase uma espécie de drama.
    Penso que, ao invés de tentarmos escalar as alturas da vida espiritual pelas nossas próprias forças, compreendêssemos que ela já desceu até nós. Basta que abramos o nosso íntimo ao único Homem no qual essa vida esteve plenamente presente, Jesus Cristo.
    E é com isso que quero dizer que, referente à nossa fé, nunca devemos construí-la em cima da areia, mesmo sabendo que há muitas coisas excelentes que se possa fazer com a areia, mas, referindo-se ao dom da fé, caso consideremos mérito nosso aquilo que na verdade são dons que Deus nos deu, se nos contentarmos em sermos pessoas boas, continuaremos então sendo rebeldes, e todos os talentos dados a nós só tornarão a nossa queda mais terrível, a nossa corrupção mais inextricável, o nosso mau exemplo mais desastroso. O demônio foi no início um arcanjo: os dotes natureais que tinha eram tão superiores aos nossos, como os nossos são superiores aos de um chipanzé. Deus se fez homem não para produzir homens melhores que os antigos, mas sim, para produzir um "novo tipo de homem". E nos tornamos "novos", enquanto estivermos em Cristo, pois Ele torna novas todas as coisas.
    Como diz novamente Lewis: "...quanto mais nos libertamos de nós mesmos e deixamos que seja Ele quem nos dirija, tanto mais verdadeiramente nos tronamos nós mesmos... enquanto a sua verdadeira preocupação continuar a ser a sua própria pessoa, você ainda não estará à procura de Cristo. Perca a sua vida e salva-la-á. Submeta-se à morte de suas ambições e dos seus desejos prediletos todos os dias, e encontrará a eternidade em Cristo. Nada do que você não tenha entregado chegará a ser realmente seu. Nada em você que não tenha morrido ressuscitará jamais dentre os mortos. Busque-se a si mesmo, e a longo prazo só encontrará ódio, solidão, desespero, rancor, ruína e decadência. Busque a Cristo e você o encontrará, e, com ele , tudo o mais - por acréscimo.

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