sexta-feira, 3 de junho de 2011

Podemos ser Perfeitos?


Aos amados e queridos leitores transcrevo um artigo citado em "Fundamentos da Teologia cristã" por Robin Keeley.

Podemos ser perfeitos? Em certo sentido a resposta dificilmente poderia ser mais simples. No sermão do Monte, Jesus disse: "Sede vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai que está nos céus". É quando perguntamos que tipo de perfeição está sendo discutida e como é possível obtê-la, que as dificuldades aparecem.
No sermão do Monte Jesus apresenta um contraste entre a santidade exterior e a interior, entre obedecer à Lei e expressar amor e pureza interiores. A perfeição aqui encontra raízes no ser interior da pessoa. É uma questão primeiro de atitude, e apenas secundariamente de ação. A questão mais relevante é se a vida da pessoa é dominada pelo amor e pela pureza de Deus.
A desesperança de tal perspectiva leva a entrar por outro caminho. Quando Jesus disse ao jovem rico que vendesse tudo o que tinha, ligou o "ser perfeito" a segui-lo. Nas epístolas, isto foi mais profundamente desenvolvido; a perfeição está associada a fé em Cristo.
É fácil ficar satisfeito com meia resposta aqui, como foi a inclinação de alguns reformadores. Podemos afirmar que a nossa prefeição é "em Cristo" pela fé. Ele é perfeito, a nossa confiança está nele, por isso Deus nos considera perfeitos em Cristo. Contudo, por mais que isso seja verdadeiro, não pode ser a resposta inteira, porque sozinha ela sugiria que nosso estado moral não importa nada. E Paulo dava pouquísimo valor a esse argumento: "Permaneceremos no pecado, para que a graça aumente? De modo nenhum".
Nossa condição moral deveria refletir nossa posição em Cristo. Isso não acontece automaticamente. Deus nos aceita porque nos aproximamos dele "em Cristo". A perfeiçaõ de Jesus conta para nós. Mas somos, então, chamados, em Cristo, para prosseguir refletindo essa perfeição em nossas vidas diárias.

charis Kai eirene
Cleverson MS